“Juntando o trabalho mais caro de cada um que apareceu na noite da abertura de ‘A dobra no horizonte’, com curadoria de Marcos Chaves, na Nara Roesler, em Ipanema, dava pra comprar um quarteirão inteiro da Delfim Moreira”, brincava uma convidada.
Grandes nomes das artes plásticas brasileiras são no Rio e a maioria estava lá, sendo que alguns deles faziam parte da coletiva (os 14 nomes listados abaixo). Entre os participantes, só um é perfil que faz autolouvação, digamos assim, os outros, discretos até demais.
Chaves selecionou trabalhos de nomes que despontaram no cenário artístico entre o final dos anos 1980 e início dos anos 1990 e que se inspiram mutuamente, trocam conhecimento e têm como ponto de encontro a praia. “A escolha dos trabalhos vem da memória afetiva que trago como participante e testemunha deste período”, diz ele — que também é artista plástico, sendo que um dos suas obras mais conhecidas é uma foto do Pão de Açúcar com a frase “só vendo a vista”, tendo ao fundo o horizonte montanhoso da cidade. “São horizontes estendidos nos quais o afeto é a dobra da linha, é a dobra que nos une”, conclui.
Os artistas (em ordem alfabética):
André Costa
Carla Guagliardi
Carlos Bevilacqua
Enrica Bernardelli
Ernesto Neto
Fernanda Gomes
José Damasceno
Marcia Thompson
Marcos Chaves
Raul Mourão
Ricardo Becker
Roberto Cabot
Rodrigo Cardoso
Tatiana Grinberg