Olhando rapidamente você pode até pensar numa praia de Noronha. É a famosa Lagoa Rodrigo de Freitas mesmo. Imagem desta quinta (17/03), resultado da naturalização das margens em trabalho começado em 1989, pelo biólogo Mario Moscatelli. “Há 30 anos diziam que a Lagoa não tinha jeito, por estar numa área eminentemente urbana, que os peixes continuariam a morrer, a água seria fedorenta… Pra você ver que se fala muita besteira até hoje. Felizmente as coisas mudam e, no caso da Lagoa, para melhor. Águas translúcidas caribenhas na Lagoa e a volta do ecossistema”, comemora.
Em três décadas, Mario já plantou mais ou menos 4.500 mudas, das quais 250 de outubro pra cá, pelo “Projeto Manguezal da Lagoa”, quando, pela primeira vez, a iniciativa privada passou a apoiar (a concessionária Águas do Rio).
O próximo passo é o sistema lagunar de Jacarepaguá, onde Mario está plantando mais de 40 mil mudas de mangue vermelho para, segundo ele, “tomar de assalto” as margens da lagoa do Camorim, enquanto também cuida da floresta de manguezal criada em 2016 nas proximidades do Parque Olímpico, numa extensão de 2 mil metros lineares de margem.