Caetano Veloso foi parar no “The Guardian“, nesta quarta (09/03). Não por algum novo sucesso, mas pela convocação do “Ato pela (paz na) Terra – contra o pacote da destruição ambiental”, que vai acontecer em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, a partir das 15h, reunindo mais de 30 artistas. O projeto de mineração em terras indígenas voltou à pauta do Congresso nos últimos dias, depois de recente pressão de Bolsonaro, defensor do tema, que quer aprovar a proposta por temer uma escassez de fertilizantes provocada pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
Com o título “Milhares protestam contra o ‘combo da morte’ do Brasil em ato histórico, depois de pedido de Caetano Veloso”, o artigo dos jornalistas Constance Malleret e Tom Phillips, diz que “se aprovadas, as propostas darão luz verde à mineração comercial em terras indígenas e colocarão em risco os direitos de dezenas de milhares de índios; afrouxar os requisitos de licenciamento ambiental e os regulamentos sobre o uso de pesticidas; e impulsionar grileiros e madeireiros ilegais na Amazônia, onde o desmatamento disparou sob o comando do Presidente de extrema direita do Brasil”.
Ao lado de Caetano, Emicida, Lázaro Ramos, Maria Gadú, Criolo, Letícia Sabatella, Alessandra Negrini, além de organizações, como o Greenpeace, WWF, Coalizão Negra por Direitos, MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Ação da Cidadania. “Estou otimista com o futuro do Brasil. Ou seja, estou agindo para promover algo novo aqui, algo que possa iluminar o mundo. Mas agora é difícil se apegar a essa mentalidade”, disse Caetano ao Guardian.
O jornal finaliza dizendo que os manifestantes esperam convencer os parlamentares a rejeitar ou modificar os projetos de lei – que contam com o apoio do poderoso lobby do agronegócio para refletir as preocupações com a emergência climática e as populações tradicionais afetadas pela destruição ambiental.