Se você deu uma voltinha por aí, provavelmente encontrou grupos fantasiados indo para alguma festa privada, mas também lotando espaços públicos, como na Praça Mauá, nesse sábado. Neste domingo (27/02), a Zona Portuária, por exemplo, já está lotada.
Para muitos que contrariaram as regras da Prefeitura, estar na rua é uma maneira de protestar contra a privatização e “elitização” do carnaval. “Festa privada de carnaval virou confraternização de endinheirados que não têm mais estrutura psicológica para suportar confinamento. Festa do povo na rua e desfile de escola de samba viraram aglomerações de vagabundos e propagadores da doença. O vírus, na verdade, é o pobre. Do jeito que está o Rio, com dezenas de festas privadas, só existe um lugar seguro pra quem não gosta de carnaval, quer se esconder e vai ficar na cidade: o Sambódromo”, ironiza o historiador Luiz Antônio Simas, referência quando o assunto é carnaval.
Ou o músico Pretinho da Serrinha: “Mais uma vez, ficamos de fora da nossa própria festa. Isso porque o Sambódromo é o único lugar onde você pode pegar covid no Rio de Janeiro… De resto, tá tudo liberado!”