Samantha Schmütz tem se dividido entre a euforia em lançar o novo filme, “Tô Ryca 2”, com as indignações e críticas políticas. Nessa quarta (02/01), na pré-estreia da comédia, no Kinoplex do Riosul, em Botafogo, ela usou uma camiseta com os nomes: “Marielle & Moa & Miguel & Moïse”, em vez da “beca” habitual.
“A arte que eu consumo junta o discurso, o protesto. Tem que falar algo relevante, que faça a gente pensar e se divertir ao mesmo tempo para as várias pessoas sentadas em uma sala, olhando para uma tela. Me posicionar não atrapalha meu trabalho, só me fortalece”, diz ela.
Em ordem na camiseta-protesto, ela relembra a vereadora morta em 2018, cujo caso ainda não teve desfecho e acabou de trocar de delegado pela quinta vez; o mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, o Moa, morto a facadas em 2017; o menino Miguel, morto aos 5 anos ao cair do nono andar de um prédio no Recife, em junho de 2020; por fim, o congolês Moïse Kabagambe, morto brutalmente no quiosque Tropicália, na Barra, no último dia 24 de janeiro.
“Tô ryca 2” tem roteiro de Fil Braz e direção de Pedro Antonio e, entre as novidades, a estreia de Rafael Portugal no cinema. A produção chega, nesta quinta (03/02), ao cinema do país com expectativa de reaquecer o mercado de comédias nacionais, que sofreu com a pandemia.