Eduardo Paes teve um lanche bem baiano nesta quarta (02/02), quando recebeu as baianas do acarajé em seu gabinete para assinar o decreto “Baianas do Rio de Janeiro”, que garante menos burocracia para a licença das vendas da iguaria nas ruas. Com um bônus: o Dia de Iemanjá vai ser também o Dia da Baiana do Acarajé no Rio, por ideia do secretário municipal de Cultura, Marcus Faustini.
O documento institui um programa cultural que valoriza as quituteiras desburocratizando a liberação de licenças, além de incluí-las no dia a dia da cidade e nas políticas públicas. Com isto, elas podem entrar em editais e leis de incentivo, como qualquer outra iniciativa cultural de rua, como as rodas de samba, por exemplo. “Por outro lado, este decreto também serve de combate à intolerância”, comenta Faustini.
O encontro foi representado por seis baianas das 72 integrantes da Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (ABAM). “O decreto vai minimizar as pendências e burocracias paradas desde 2017. Em 2021, tivemos quatro casos de intolerância religiosa e preconceito contra baianas do acarajé no Rio. As pessoas precisam dar atenção e entender que a baiana do acarajé não é somente a candomblecista que está vendendo o acarajé. Ela é cultura. Ela é legado. Temos na Associação baianas evangélicas que se caracterizam. Independente de ela ter a religião de matriz africana ou não, ela é Baiana de Acarajé”, disse Rosa Perdigão, coordenadora nacional da ABAM.