Um dos poemas considerados mais consagrados de Thiago de Mello, que morreu nesta sexta (14/01), aos 95 anos, é “Os Estatutos do Homem”, criado logo depois da ditadura militar. Nós, aqui da coluna, escolhemos “Faz escuro, mas eu canto: porque a manhã vai chegar”:
Nós, aqui da coluna, escolhemos:
“Faz escuro mas eu canto,
porque a manhã vai chegar.
Vem ver comigo, companheiro,
a cor do mundo mudar.
Vale a pena não dormir para esperar
a cor do mundo mudar.
Já é madrugada,
vem o sol, quero alegria,
que é para esquecer o que eu sofria.
Quem sofre fica acordado
defendendo o coração.
Vamos juntos, multidão,
trabalhar pela alegria,
amanhã é um novo dia”.
O poeta e jornalista, defensor da Amazônia, partiu dormindo, a chamada “morte abençoada”.