Rodrigo Zeidan, doutor em Economia pela UFRJ e professor da New York University Shanghai (China), conta como os chineses estão encarando o novo surto da Delta no país, através de uma imagem. Nesta sexta (27/08), um amigo que estava num voo da Europa para a China clicou um chinês embarcando “superprotegido”, como dá pra ver, e dividiu a informação em suas redes sociais. “É assim que as pessoas da Ásia, na sua maioria, tratam o vírus, como algo inaceitável”, diz Zeidan.
Pode até ser um excesso de cuidado, mas, com isso, o risco de infecção é praticamente zero, vindo de um longo aprendizado que começou em 2019, naquele país. Se comparado ao Rio, com as máscaras no queixo ou em qualquer outro lugar, menos do jeito correto, e as multidões circulando pela cidade em bares, praias festas clandestinas, será mesmo excesso de zelo? Como sabido, o Rio é epicentro da Delta — de acordo com os últimos dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a capital está com 96% dos leitos de UTI ocupados.
Nessa quinta (26/08), o aeroporto de Nanquim, a 300 km de Xangai — onde o novo surto da doença com a variante Delta começou — teve o seu primeiro voo doméstico em mais de um mês. No início de agosto, eram 360 casos numa população de 1,4 bilhão de pessoas, o que bastou para acender o alerta entre as autoridades e colocar todo mundo em nova quarentena.