Para evitar os “sommeliers da vacina”, aqueles que querem escolher a procedência do imunizante contra a covid, a Prefeitura de São Paulo acaba de mudar a orientação dos postos: agora, só será informado o fabricante disponível na hora da aplicação. Desde que a campanha de vacinação começou, surgiram as “preferências” de acordo com as porcentagens de eficácias ou a que causa menos efeito colateral, a chamada “pega vacinal”.
Mesmo assim, muita gente tem dado meia-volta nos postos ao saber que, por lá, não existe a sua preferida. Foram criados até grupos de WhatsApp e nas redes sociais para informar qual tipo tem em determinado posto, lembrando quando faziam o mesmo para evitar dar de cara com a Lei Seca. Nesta quinta (24/06), por exemplo, o jornalista Maurício Barros, comentarista do SporTV, disse que, no drive-thru do o Parque Villa-Lobos, na capital paulista, uma enfermeira contou que mais de 300 carros haviam passado por ali e, ao saberem que a vacina era a Coronavac, os motoristas davam meia-volta.
No Rio, também existem grupos de bairros que indicam, todos os dias, as vacinas aplicadas nos postos. Nas redes, até surgiu um novo termo, a “coronavacfobia”. A preferência dos que acham natural escolher — entre as três, por enquanto — tem sido a Pfizer, seguida da AstraZeneca e, na lanterninha, a CoronaVac. Entre os motivos, mais uma vez, está acreditar nas fake news sobre efeitos colaterais (sendo que todas podem causar algum efeito), além da eficácia. Todas elas têm índices de imunização considerados adequados para a doença, aprovadas pela Anvisa.