Foi sancionado, na Câmara, o projeto que declara a Ilha de Brocoió, no arquipélago de Paquetá, como área de interesse ecológico, como dá pra imaginar, para proteger e preservar as espécies raras, ficando proibidas construções ou qualquer atividade que interfira na sustentabilidade A autoria é do ex-vereador Renato Cinco e do vereador Tarcísio Motta. “Ela é a ilha mais conservada da Baía de Guanabara, com manguezais que não sofreram com a intervenção urbana e que tem a presença de espécies ameaçadas de extinção, como o boto-cinza. Por isso, sua relevância ecológica é incontestável”, diz Motta.
Na ilha, também fica o Palácio de Brocoió, casa oficial do governo do Estado, uma construção de arquitetura normanda, da década de 1930. No entanto, Brocoió é um verdadeiro elefante branco – no governo de Sérgio Cabral, foi feita uma reforma que custou mais de R$ 1 milhão. Sei! Já, sob o comando do governador seguinte, Luiz Fernando Pezão, a ideia era transformar o local em hotel, sem sucesso. Com a prisão de Pezão, Francisco Dornelles assumiu o estado e decidiu vender por R$ 45 milhões. Alguém se interessou? Claro que não. Só a manutenção da Ilha de Brocoió custa mais ou menos R$ 96 mil/ano, com três funcionários fazendo o trabalho básico, como corte da grama e poda de árvores. Agora, o atual governo não pensa em vender a ilha, mas também não tem nenhuma iniciativa concreta para o destino do espaço.