Mais um alerta de Mario Moscatelli nesta sexta (02/04): um “mar” de gigogas toma conta da lagoa do Camorim, já a caminho da lagoa da Tijuca e, dependendo do volume, elas podem aparecer na praia da Barra.
Segundo o biólogo, essas plantas aquáticas, que normalmente existiriam no sistema lagunar de Jacarepaguá, mesmo sem esgoto algum, acabam tornando-se um problema com a falta de saneamento universalizado. “O esgoto atua como adubo incrementando a multiplicação acelerada das gigogas. Fruto das fortes chuvas, milhares de metros cúbicos de enormes ilhas de gigogas escorrem dos canais e rios contaminados por esgoto em direção às lagoas. Todo esse volume de material vegetal terá de ser recolhido na ecobarreira do Itanhangá (instalada na altura do Città Office Mall). Esse ‘fenômeno’ é mais uma evidente reação da natureza contra a degradação ambiental sistêmica da Baixada de Jacarepaguá”, explica ele, que já alertou à Secretaria Estadual de Meio Ambiente.
Reparem, no meio das gigogas, uma máquina de lavar roupas descartada, cena que se repete diariamente nas lagoas cariocas.