Morreu, nesta terça (12/01), Antônio Carlos Almeida Braga, o Braguinha, aos 94 anos, em Sintra, Portugal, onde estava desde o início da pandemia. Um dos maiores incentivadores do esporte brasileiro, o ex-banqueiro foi dono de uma das mais importantes seguradoras do Brasil, a Atlântica Seguros, que depois se fundiu com a Bradesco Seguros. Braguinha foi amigo de Ayrton Senna, patrocinador de Emerson Fittipaldi, do tenista Gustavo Kuerten, do Guga, do Pelé… Era o dono da chuteira do gol número mil do “Rei do futebol”.
Criava laços de afeto com os atletas: em 2000, por exemplo, depois de vencer pela segunda vez o torneio de Roland Garros, Guga abriu espaço entre a multidão para abraçar o empresário. “Para mim, a emoção que remete é o abraço de vitória consolidada com o Braguinha. Ali é a consagração”, disse o atleta ao Globo Esporte, ao relembrar o momento.
Procurada para falar sobre ele, amiga da família: “Não quero falar nada porque qualquer coisa que eu diga seria pouco para descrever o Braga”, respondeu, arrasada por não poder entrar em Portugal, como qualquer brasileiro. “Não sendo parente, não entra”, finaliza. Ninguém pode calcular o número de brasileiros que embarcaram para essa despedida.
Braguinha foi casado com Vivi Nabuco, com quem teve quatro filhos: Maria do Carmo, Luis Antônio, Sylvia e Lúcia. Em 1968, casou-se com Luíza Eugênia Konder, com quem teve duas filhas, Maria e Joana, que, no último Natal, postou foto com o pai, no seu Instagram. O velório e o enterro do empresário serão em Portugal.