Reaberto desde setembro para visitação, quem for ao Museu de Arte Moderna vai encontrar mudanças estruturais feitas pela nova direção artística, a dupla Keyna Eleison e Pablo Lafuente, sob a coordenação do diretor Fabio Szwarcwald. Esse cara consegue mesmo mudar o perfil dos lugares que dirige: o mesmo se deu com a EAV, no Parque Lage.
O novo sistema expositivo do MAM, desenvolvido com a arquiteta Juliana Godoy, resgata as paredes modulares, originalmente desenhadas pelo designer alemão Karl Heinz Bergmiller (foi professor da Escola Superior de Desenho Industrial), na década de 1970. No terceiro piso, em vez de paredes, painéis e chapas verticais sustentam as obras e privilegiam uma visão panorâmica, além de criar um circuito mais fluido para o público.
Outra novidade é a retirada das películas das janelas: a nova configuração mostra mais a paisagem externa do museu, de frente para a Baía de Guanabara, e permite uma maior entrada de luz natural. O toldo do teatro, atualmente ocupado pelo Vivo Rio, também foi retirado, depois de décadas, revelando a arquitetura projetada por Affonso Eduardo Reidy.
Atualmente estão em cartaz no museu: a panorâmica “Hélio Oiticica: a dança na minha experiencia”, “COSMOCOCA — Programa in Progress” e “Irmãos Campanha — 35 Revoluções”, além de “Realce”, com mais de 50 trabalhos entre pinturas, esculturas, gravuras, instalações e objetos de nomes, tais como: Adriana Varejão, Anna Bella Geiger, Cícero Dias, Cildo Meireles, Djanira, GTO, Heitor dos Prazeres, Ivan Serpa, Luiz Zerbini, Lygia Clark, Mira Schendel, Rubens Gerchman, Tunga e Véio.