Carnaval cancelado e, com ele, os blocos de rua e toda aquela maravilhosa aglomeração coletiva de corpos suados (argh!) e troca de fluidos. Em reunião entre representantes de blocos oficiais e independentes, RioTur e especialistas em saúde e segurança, nesta quinta (29/10), ficou definido que não haverá folia de rua na cidade, só depois da vacina.
Com isso, o único jeito é recorrer às vaquinhas, caso da “Campanha Solidária do Centro Cultural Cordão da Bola Preta”, o mais antigo do Rio, para ajudar as famílias dos músicos e colaboradores que fazem a história do carnaval, que pede R$ 40 mil. Este ano, foram 630 mil foliões no desfile no Centro da cidade. “Todos os profissionais estão parados desde março de 2020 – vivem do carnaval o ano todo em eventos de todos os formatos. A retomada artística, cultural e turística na cidade seria urgente, mas ainda vivemos a incerteza da vacina da covid-19, nos levando a esse movimento solidário”, diz o texto.
A atriz Leandra Leal, a porta-estandarte do bloco, gravou um vídeo em apoio. “Sou apaixonada pelo Bola, quando comecei a carregar o estandarte, é o dia de mais magia. É lindo ver as famílias se encontrando, a alegria, liberdade… Vamos voltar a comemorar, se abraçar, mas precisamos pensar no coletivo”.
A primeira meta é ajudar aos 15 profissionais pagando os salários entre abril e setembro; a segunda, dar uma força aos 25 músicos e colaboradores, além de começar a restauração do telhado do Centro Cultural, que foi prejudicado com as chuvas; a terceira é dar continuidade às obras de restauração, reparar a sala do acervo feito ao longo de 102 anos e comprar um armário à prova de água e fogo.