Dom Orlando Brandes, o arcebispo de Aparecida, está entre os assuntos desta segunda (12/10), depois de rezar a homilia em homenagem ao Dia da Padroeira, na Basílica de Aparecida. No sermão, ele fez referência ao descaso das autoridades com relação às queimadas no Pantanal e na Amazônia e às vítimas da Covid-19 e defendeu as investigações contra a corrupção.
Em coletiva ao fim da missa, Dom Orlando disse: “Com tudo o que aconteceu na Lava Jato está claríssimo que a impunidade está voltando e que deveríamos salvar muito a Lava Lato porque ali então nós estamos vencendo o dragão da corrupção, que não deve voltar. Não somos dignos de sermos escravizados pela corrupção, e pão na mesa de todos, vida para todos, é o evangelho”.
Nas redes, a polarização, a palavra de 2020, está a toda, com os ditos “esquerdistas” elogiando e os “direitistas” criticando.
“Mais uma vez o arcebispo de Aparecida faz um discurso com viés político, no dia da Padroeira do Brasil e, como sempre, leviano e esquerdista!”; ou “belíssima, emocionante e contundente a homília de dom Orlando Brandes, um dos expoentes da ala progressista da Igreja Católica no Brasil”; “Mais uma prova de como a esquerdopatia está destruindo a Igreja. Dom Orlando Brandes desrespeita Nossa Senhora e faz discurso político na Basílica de Aparecida”; “Que baita homilia de Dom Orlando Brandes em Aparecida. Aliás, não é de hoje. Muito bom vê-lo à frente do Santuário Nacional”.
Na mesma homilia no ano passado, Dom Orlando também foi assunto ao dizer no sermão que “temos o dragão do tradicionalismo. A direita é violenta, é injusta, estamos fuzilando o Papa, o Sínodo, o Concílio Vaticano Segundo. Dragão é o que não falta, mas a fé vence”. Nesse dia, o presidente Jair Bolsonaro foi à Basílica e teve um encontro com o arcebispo.