Depois de quatro anos na Av. Nove de Julho, a Galeria BASE reabre, neste sábado (26/09), em novo endereço, na Alameda Franca, também nos Jardins, em prédio projetado pelo arquiteto Isay Weinfeld, tendo entre os sócios o carioca Leonardo Servolo (que antes trabalhou como diretor-executivo de produtora de filmes), além de Daniel Maranhão e Cássia Malusardi. “Comecei a investir em arte em 2014, fazendo uma pequena coleção, modesta, mas bem interessante. Foi quando conheci o Daniel, que, com a saída do antigo sócio, convidou-me para a sociedade”, diz Leonardo, que vivia na ponte aérea Rio-SP e mudou-se de vez para a capital paulista, em 2008.
Para a mostra de reabertura, “Samico e Suassuna — Lunário Perpétuo”, são 39 trabalhos entre xilogravuras e iluminogravuras de Gilvan Samico e Ariano Suassuna, complementadas por trabalhos de Ana Maria Maiolino, Derlon e Goeldi.
A mudança e o projeto da nova exposição aconteceram no meio da pandemia. “Começamos a fazer obras de adequação no fim de 2019, mas a pandemia chegou e tivemos que parar tudo; só voltamos quando a construção civil foi liberada. As vendas não presenciais, porém, não pararam”, diz Servolo.
As xilogravuras de Samico abrangem o período de 1950 a 2012, registrando personagens bíblicos, animais fantásticos, histórias e lendas do romanceiro popular; já sobre Suassuna, pode-se surpreender com a sua pouco conhecida faceta de artista visual, com as iluminogravuras feitas na década de 1980, com inspiração nas iluminuras da Idade Média, quando os manuscritos eram ilustrados e pintados à mão.