Funcionários da Comlurb trabalham sem nenhuma proteção. Perguntado a um gari, no Leblon, nesta segunda (23/03), por que estava sem máscara e sem luvas, respondeu: “Luvas, só temos essa, temos de lavar e reutilizar; máscaras, porque não recebemos”. Em coletiva online nesta segunda (23/03), Marcelo Crivella anunciou que vai começar uma espécie de faxina geral, com funcionários da Comlurb lavando lugares de grande movimento com detergente para tentar desinfetar locais públicos e evitar a propagação do coronavírus, como nos acessos ao metrô, trens, BRTs, pontos de ônibus e hospitais estaduais e municipais. Isso, se os garis continuarem vivos, claro.
Segundo Paulo Mangueira, presidente da Comlurb, serão usados 20 caminhões e 30 pulverizadores, principalmente na Zona Sul e Barra, que concentram o maior número de casos, assim como no Centro, lugar de grande aglomeração e de moradores de rua.
Crivella encerrou a coletiva, rezando o “Pai Nosso”. Como disse em entrevista à coluna, ele está lidando com a crise com “or-ação” — rezando e agindo. “Precisamos da ajuda de Deus e fé neste momento. Seja qual for a religião: católicos, espíritas, evangélicos. Todos os nossos encontros vão terminar com uma oração”.