“A expressão do concreto”, maior retrospectiva dedicada ao trabalho do pintor, gravador e desenhista Ivan Serpa (1923-1973), foi inaugurada nessa terça (03/03), no CCBB, no Centro. São 200 trabalhos que passam por todas as fases da carreira do artista, mostrando a versatilidade e a inquietude de Serpa — ele usava como suporte, além de telas e papel, caixas de fósforo, envelopes e até convites de exposição. “Serpa foi o ‘Picasso brasileiro’ em termos de experimentação; até hoje, surpreende por sua extrema sensibilidade e permanente compromisso com a liberdade. Enquanto críticos e teóricos cobravam do artista uma coerência estética, ele respondia com a ousadia e o desprendimento característicos dos verdadeiros criadores”, diz Marcus Lontra, um dos curadores da exposição, ao lado de Hélio Márcio Dias Ferreira, pesquisador especialista na obra do artista.
Serpa foi líder do Grupo Frente (1954-1956), que propunha a liberdade ao criar, e professor de nomes, tais como: Hélio Oiticica, Lygia Clark, Lygia Pape e Aluísio Carvão. A mostra vai até 12 de maio, no Rio; depois vai para os CCBBs de São Paulo, Brasília e Belo Horizonte.