Diante da fala de Jair Bolsonaro, nesta quarta-feira (05/02), de que pessoas portadoras do vírus HIV, transmissor da Aids, são “uma despesa para todos no Brasil”, além de um “problema sério” para a própria pessoa. Lucinha Araújo, diretora da Fundação Viva Cazuza, que cuida de crianças portadoras do HIV, dá sua opinião: “É dever do Estado cuidar da saúde de todos, sem discriminação da doença que o acometeu. Há 30 anos a Viva Cazuza trabalha para preservar os direitos dos portadores do HIV e tem como princípio o combate a qualquer tipo de discriminação e a liberdade. Aproveito para citar Cazuza ‘vamos pedir piedade, senhor piedade, pra essa gente careta e covarde, lhes dê grandeza e um pouco de coragem'”.
Bolsonaro fez o comentário enquanto falava sobe uma história contada pelo jornalista Alexandre Garcia: “A mulher dele, que é obstetra, atendeu uma paciente que começou com o primeiro filho com 12 anos de idade. Outro com 15, e no terceiro, ela já estava com HIV”. A declaração foi ao defender a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) por propôr a abstinência sexual como política pública contra a gravidez precoce.