Uma festa pra qualquer moderninho rever seus conceitos: assim é o projeto “Luxúria”, do excêntrico empresário e estilista Heitor Werneck, carioca que mora em São Paulo, conhecido como o “Rei do fetiche” e, pela terceira vez, traz a festa à cidade, neste sábado (09/11), no Club Mix Bar, no Centro. O evento é sucesso na capital paulista desde 2006 e atrai uma multidão de curiosos e outros adeptos da estética sadomasoquista, do fetiche — couro, látex, BDSM (Bondage e Disciplina, Dominação e Submissão, Sadismo e Masoquismo), podolaria (o fetiche das pessoas que sentem tesão por pés), entre outros. “O Brasil é muito preconceituoso e hipócrita em relação a sexualidade. Somos atrasados e o resultado disso são os altos índices de violência sexual, estupros e DST´s. Existem muitos tabus e vários problemas com o corpo alheio e uma falta de educação sexual e respeito”, diz ele.
Uma das “leis” é o figurino: para quem vai de jeans ou roupas coloridas não-fetichistas, o valor do ingresso é R$ 80; com os looks couro, vinil, nu, burlesco ou todo preto com acessórios, cai para R$ 40.
Entre outras curiosidades, o convite traz em letras maiúsculas “proibido o uso de drogas”, tem terraço, quartinho escuro, celas, pista de dança com barra de pole dance e espaço para as práticas de “wax” (ceras de vela quente caindo pelo corpo) e “shibari” (amarração dos pés com o uso de cordas). “Fetiche não é sexo explícito”, explica Heitor. Que tal? Ahh, tem música também e distribuição gratuita de camisinha. “Neste evento não há tolerância com nenhum tipo de preconceito, discriminação e importunações”, avisa.