No Rio, não tem Halloween. Isso não quer dizer que os aficionados pelas histórias de terror não tenham espaço nas histórias cariocas. Você conhece os lugares mal-assombrados do Rio? Separamos alguns. Que tal um passeio pela madrugada?
Castelinho do Flamengo: na década de 30, os donos do cortiço morreram, deixando uma filha, Maria de Lourdes. Ela foi criada por um tutor, que roubou todos os bens da família. Após ser abandonado, virou habitação de moradores de rua, que fugiam da casa, afirmando que um espírito morava ali e os tocavam enquanto dormiam. Dizem que era Maria de Lourdes, que voltou para retomar o que era seu.
Arco do Teles: reza a lenda que, no século XIX, o local era morada de criminosos e de uma bruxa conhecida como Bárbara dos Prazeres. Ela teria matado o primeiro marido para se envolver com outro homem, que também fora assassinado, e depois tocado fogo na própria casa. Dizem que, quando envelheceu, ela passou a perseguir crianças para fazer uma poção da juventude. Foi presa, mas, em 1830, simplesmente desapareceu. Pessoas relatam ouvir gargalhadas e choros pela região nas madrugadas vazias.
Campo de Santana: o parque no Centro da cidade, durante o período colonial, foi utilizado por muitos nobres para resolver suas diferenças, ou seja, duelos. A lenda diz que ali ainda estão fantasmas dos derrotados nas disputas.
Central do Brasil: contam as más-línguas que, certa vez, um trem, que saiu de Santa Cruz e não havia parado em estação alguma no trajeto, chegou ao ponto final, quando as portas se abriram sozinhas. Pessoas com trajes de 1920 teriam desembarcado.
Campus da UFRJ (Praia Vermelha): o espaço é dividido com o Pinel, antigo hospício da cidade. Contam que fantasmas de antigos pacientes perambulam pelo espaço.
Museu Histórico Nacional: com muitas histórias de terror, uma se destaca no antigo Arsenal da Marinha. Foi lá que Tiradentes, um dos líderes e mártir da Inconfidência Mineira, acabou assassinado e esquartejado pela Coroa. Contam que é possível ouvir no silêncio o som de um machado batendo na madeira, como se estivesse cortando alguém.
Theatro Municipal: nem o Municipal escapa dessa lista! Olavo Bilac, que era um entusiasta do local, parece não ter abandonado o hábito nem depois da morte. Relatos afirmam que ele é visto com frequência, andando pelos corredores, além das almas de antigos artistas, bailarinas e de uma mulher de branco que canta Ave Maria durante as madrugadas.
Ilha de Paquetá, Cais do Valongo e Gamboa: os três locais ficaram marcados pelo passado escravocrata do Rio. São regiões onde os escravos trazidos da África eram vendidos, açoitados, sofriam os inúmeros absurdos impostos e muitos morriam. Dizem que é possível ouvir grilhões, correntes, gritos e ver alguns deles andando, procurando um meio de retornar ao lar.
Fortaleza de Santa Cruz (Niterói) e antigo prédio do Dops: ambos os locais serviram para prender e torturar presos políticos durante a Ditadura Militar de 64. Relatos afirmam que, até hoje, é possível ouvir gritos e choros dos torturados