O presidente Jair Bolsonaro disse que não vai cumprimentar o recém-eleito líder argentino Alberto Fernández, e prefere esperar seus posicionamentos políticos. Claro que o fato de Alberto já ter declarado simpatia ao “Lula Livre” e Cristina Kirchner ser a vice de sua chapa, certamente influencia, mas tem outro fato que pode explicar uma relação ainda mais fria entre ambos: o perfil dos filhos. Flavio, Eduardo e Carlos gostam e palpitam na política. Rede social, plenário da câmara. Bolsonaro se orgulha do estereótipo do machão. “Seria incapaz de amar um filho homossexual. (…) Prefiro que um filho meu morra num acidente”, disse em entrevista à Playboy (2011). Enquanto isso na Argentina: “Tenho orgulho do meu filho. Como não vou ter? Ele é militante dos direitos dessa comunidade. Ficaria preocupado se ele fosse um delinquente”, essa foi a resposta de Fernández a pergunta sobre seu filho Estanislao (que não quer saber de política), para a Rádio com Vós.
Detalhe: Estanislao se considera um homem gay, mas namora uma mulher há quatro anos, uma sexualidade fluida e é uma Drag Queen muito reconhecida na Argentina.