Uma noite de sambinhas clássicos e gargalhadas. Assim foi o “Cria”, projeto do jornalista Leonardo Lichote com Moacyr Luz, nessa terça (29/10), no Manouche, Jardim Botânico. Moacyr fez um resumo da vida e carreira, começando pelos encontros e desencontros que o formaram como compositor, desde as aulas de violão com Hélio Delmiro, conhecido como o mestre da guitarra jazzística, até as cervejas com Aldir Blanc (parceiro por mais de 30 anos), no bar da Dona Maria, na Muda, passando pela criação de clássicos como “Saudades da Guanabara” (parceria sua com Blanc e Paulo César Pinheiro, gravada por Beth Carvalho), os desafios de compor um samba-enredo — “quando você está satisfeito, você ainda tá na metade, ainda tem seis alas pra passar” —, e o sucesso do Samba do Trabalhador (que comanda há 14 anos, toda segunda no Clube Renascença, no Andaraí).
No meio disso tudo, cantou sucessos na voz de Zeca Pagodinho como “Toda a hora” e “Vida da minha vida” e, por fim, mostrou uma canção inédita que havia feito na mesma terça em homenagem a seu amigo e parceiro Luiz Carlos da Vila. Lichote fez uma homenagem a Luz com a camiseta que cita trecho da música “Toda a hora”, que diz assim: “Amigo, nunca fiz bebendo leite, amigo não criei bebendo chá”.