Em tempos obscuros de liberdade de expressão e diversidade, o sexo como forma de arte, ao que parece, tem dado as caras e também todo o resto por aí. A comunidade artística vem se desnudando — ao menos em suas obras. A prova (ou melhor, a ausência de qualquer cobertura sobre o corpo) aparece em alguns trabalhos à venda no próprio shopping virtual da ArtRio. Artistas como Adriana Varejão, Rafael Coutinho, Almandrade, Gabriela Noujaim, Francisco Hurtz e Gretta Sarfaty que o digam. Cada qual, em sua melhor forma de expressão, põe o erotismo a olho nu, por meio de diferentes manifestações artísticas. Tem para todos os gostos e bolsos.
Entre elas, estão o desbunde solitário de uma bunda numa fotografia da artista Gretta Sarfaty; os peitos a partir de uma imagem do próprio corpo da artista Adriana Varejão, numa outra foto; e um pingolim a óleo por Rafael Coutinho. Polêmicas à parte, qual seria a opinião da patrulhinha mais conservadora diante da obra O Cubo, de Francisco Hurtz? Ela aborda a teoria de gênero, assunto ainda de todas as rodas e tema presente nos trabalhos do artista, ao trazer, numa gravura de metal, um quadrilátero formado somente por homens pelados, uns sobre os outros. Na arte, como na vida, os iguais se atraem. É ou não é?