Vem crescendo a lista de marcas internacionais que suspenderam a compra de couro do Brasil desde as notícias das queimadas da Amazônia. Desta vez, foi a H&M (Hennes & Mauritz), empresa multinacional sueca que tem mais de 4.800 lojas no mundo. “Devido aos graves incêndios na parte brasileira da Floresta Amazônica e às conexões com a produção de gado, decidimos proibir temporariamente o couro do Brasil. A proibição permanecerá ativa até que existam sistemas de garantia para verificar se o couro não contribui para danos ambientais”, disse a H&M em comunicado.
Na última semana, segundo o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), associação que representa as empresas produtoras de couro, mais de 18 marcas cancelaram a compra do material. O CICB enviou uma carta ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pedindo “atenção especial sobre o caso”, já que o Brasil exporta mais de 80% de sua produção de couros, chegando a gerar US$ 2 bilhões em vendas ao mercado externo em um único ano.