Maitê Proença recebeu inúmeras críticas, algumas bem agressivas, por ter participado da passeata em defesa da Amazônia, ao lado de Caetano Veloso, Sonia Braga, Criolo, Carlos Minc e todos os ativistas que foram às ruas nesse domingo (25/08). Foi apontada como “bolsonarista arrependida”. A atriz votou em Marina Silva no primeiro turno, não foi às urnas no segundo e sempre lutou pelas causas ambientais, independentemente de partido. “É fogo, porque esse insucesso do País, essa recessão toda, faz as pessoas ficarem ‘odientas’, tira o pior das pessoas, mas muitas delas são robôs. Ninguém consegue entender um pensamento que não seja binário, essa chatice de sempre ter dois lados; não entendem uma posição que seja um pouquinho mais ampla. As pessoas têm que tabelar, não sei, é cansativo e machuca, né? A gente fica exausto desse poço de ignorância que está o Brasil, essa feiura de mau gosto”, disse ela à coluna.
No ano passado, o nome da atriz chegou a ser cotado para ministra do Meio Ambiente, proposto por um grupo de ambientalistas, economistas e pesquisadores, com o objetivo de tirar o “viés ideológico” da pasta. Maitê tem uma filha, Maria, com Paulo Marinho, seu ex-marido, que se empenhou na campanha de Bolsonaro. Atualmente estão afastados.
Depois da passeata, ela foi direto para o Theatro Municipal, de rosto pintado com urucum e tudo, acompanhada do amigo Helcius Pitanguy para assistir a primeira apresentação do tenor americano Michael Fabiano no Brasil, ao lado do maestro Ira Levin e da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, pela série “Grandes Vozes”.