A jogadora Marta Silva entrou em campo, em seu primeiro jogo na Copa do Mundo de Futebol Feminino — depois de contornada uma lesão muscular na coxa esquerda —, nesta quinta (13/06), na cidade de Montpellier (França), em jogo contra a Austrália, com uma chuteira sem patrocínio, nas cores azul e rosa, para pedir igualdade no esporte. E foi dela o primeiro gol, de pênalti, no placar de Brasil 2 x 1 Austrália até a publicação da nota, no primeiro tempo. Como sabido, Marta é a maior artilheira da história da Seleção Brasileira (masculina e feminina) e foi seis vezes considerada pela FIFA a melhor jogadora de futebol feminino do mundo, ultrapassando jogadores como Cristiano Ronaldo e Lionel Messi.
Mas até chegar a todos esses títulos, saindo do Sertão de Alagoas e ganhando o mundo, num tempo em que torciam o nariz para mulheres jogando bola. “A maioria dos grandes jogadores tiveram dificuldades financeiras – a família é enorme. E eu? Eu também. Não falta comida na mesa, não vivo mal, mas não tenho regalia. Se eu jogasse futebol masculino, não ia precisar trabalhar nunca mais. Se eu parar, vou precisar continuar fazendo alguma coisa”, disse ela quando ganhou o prêmio de honra “Woman and Sport Trophy” no ano passado.