Mesmo com a chuva insistente, pode ter um programa pra você nesta terça-feira (20/11), Dia da Consciência Negra, feriado em homenagem a Zumbi dos Palmares, além de ficar embaixo do edredom, muito bem acompanhado/a. Se existe essa possibilidade, fica por aí, mas, se prefere botar a cara na rua, leia aqui:
Na Praça Onze, o “Terreirão – Consciência e Resistência” começou no início da tarde, com artesanato, música, literatura, culinária e arte, além de desfile de moda afro, grupos de samba de raiz, funks tradicionais e baile charme.
Na Lapa, a artista plástica Panmela Castro, fundadora da Rede NAMI, que luta pelo direito das mulheres, vai inaugurar o “Mural Dororidade”, de quase 500 metros quadrados (na foto acima), ao lado do Rio Scenarium, com shows de MC Ainá e MC Carol, além da exposição “AfroGrafiteiras”.
Também tem “Luiz Gama – uma voz pela liberdade”, no Teatro Municipal Serrador, no Centro, estrelado por Déo Garcez e Nivia Helensobre (na foto acima), sobre a história do advogado negro que viveu entre 1830 e 1882 e, mesmo tendo nascido livre, foi vendido como escravo aos 10 anos pelo pai, mas mudou seu destino.
A mostra “Mulheres Negras nos anos 1960” terá visita guiada na Caixa Cultural, no Centro, com imagens de Carolina Maria de Jesus, Clementina de Jesus e muitas outras. Também na Caixa, está rolando o “África (s): cinema e memória em construção”, uma homenagem ao cinema criado no contexto de independência e revolução dos países africanos, com 42 filmes entre curtas, médias e longas. Especialmente nesta terça-feira (20/11), “Em Bissau, o Carnaval”, de Sarah Maldoror e “Morte negada”, de Flora Gomes, ambas comentadas pela curadora Lúcia Ramos Monteiro e pelo pesquisador Alexsandro de Sousa e Silva.
E claro, festinha pra dançar colado, com o “Xote do Teles”, no Arco do Teles, no Centro, com show do Cordel Negro e participações especiais de Marina Iris (samba) + Silvan Galvão (carimbó) + Junu Ramos (forró). Como bônus, aulas de dança – samba, choro, forró e carimbo – com o instrutor João Gabriel Caldeira Pires, às 20h.
Vox Sambou (foto acima), considerado o “embaixador do hip-hop haitiano”, apresenta-se no Manouche, no Jardim Botânico, para comemorar a data de Zumbi dos Palmares. O artista, que nasceu em Limbé (Haiti), faz música em criolo, francês, inglês, espanhol e português, misturando o hip hop com afrobeat, grooves latinos e batidas de reggae, além de buscar elementos musicais do Haiti.
E, para terminar, tem até lançamento de livro também, o “Eu sei”, baseado na narrativa de Ronaldo Silva de Oliveira sobre as memórias do seu pai, o grande Cartola, na Casa França-Brasil, no Centro, a partir das 16h.