Foi um verdadeiro beija-mão na inauguração do Bar Zeca Pagodinho, nessa terça-feira (30/10), na Barra, para onde o artista se mudou há alguns anos – mesmo tendo Xerém, na Baixada Fluminense, como seu QG particular e predileto. Por ali, circulavam nomes da Velha Guarda do carnaval carioca, como Nelson Sargento, da Mangueira – e também Alcione, verde-e-rosa fervorosa; Monarco, da Portela; além de Elba Ramalho, Jorge Aragão, Sérgio Loroza, Charles Gavin, Flora Gil etc. No meio de tanto chope, cerveja, sambinha dos bons, claro que o lugar merecia uma bênção, e eis que sobe ao palco padre Jorjão, da Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, grande amigo de Zeca, com sua água benta em folhas de arruda. “Para onde eu vou, o carrego”, disse o precavido sambista.
O bar, com mais de 1.000 metros quadrados, foi ideia do empresário Paulo Pacheco, uma homenagem ao samba carioca, patrimônio cultural do Brasil, e a um dos nomes mais importantes do gênero, Zeca – pelas paredes, estão fotos da vida e carreira do cantor (até a primeira comunhão), esculturas de São Jorge e de São Cosme e Damião, o palco da Portela etc. As comidinhas de boteco, feitas por Toninho do Momo, chef de um dos botequins mais tradicionais do Rio, foram sucesso absoluto, com bolinhos de arroz, empadas de rabada e camarão, coxinhas de galinha e caranguejo, caldinhos de mocotó e de feijão. E, claro, roda de samba foi o que não faltou.