Enquanto lojas fecham, restaurante vão à falência, o Centro da cidade está às moscas; no entanto tem um mercado no Rio que nunca dorme: galerias de arte. Camila Tomé, 37 anos, é uma dessa nova geração de investidores – ela é fundadora da extinta MUV Gallery, que fechou em 2016 – abrindo depois, há dois anos, a C. galeria, em Ipanema, agora indo para um espaço maior, uma casa da década de 50 no Jardim Botânico, com inauguração neste sábado (25/08). “Tivemos um bom crescimento em 2017 e percebemos que era momento de procurar um endereço com mais visibilidade. É sempre um risco investir num momento tão difícil no Rio, mas acredito que os ‘momentos de crise econômica’ possam ser promissores para negócios que já existiam e estão crescendo”, diz ela, afirmando que “a arte carioca sempre esteve bem. O Rio, cada vez mais, forma novos colecionadores que estão começando enxergar a arte como investimento”.
Atualmente, a galeria representa oito artistas e, para a inauguração, ela preparou a mostra coletiva “Primeiro Ato”, com 15 trabalhos até o dia 6 de setembro. Em seguida, a primeira individual da artista carioca Eloá Carvalho, curadoria de Raphael Fonseca, com pinturas, desenhos e instalação sonora. Eloá recentemente expôs no MAM Rio. Ainda este ano, Camila também agendou uma individual de Paul Setúbal, indicado ao prêmio PIPA.