Entra em cartaz, em Angra dos Reis, a exposição Hiroshima 70, a partir de 6 de agosto, com imagens de fotógrafos de diversos países desde 1945, quando os Estados Unidos lançaram duas bombas atômicas sobre as cidades japonesas Hiroshima e Nagasaki. A mostra, desenvolvida pela Sociedade Angrense de Proteção Ecológica (Sapê), tem a intenção de relembrar as vítimas das indústrias bélica e nuclear.
As fotografias apresentam o cenário desastroso criado pela explosão das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, a luta contra a energia nuclear, os impactos do ciclo do urânio (material radioativo utilizado tanto no desenvolvimento de bombas nucleares quanto na produção de energia), as consequências de acidentes nucleares. Além das imagens, tem-se ainda um conjunto de cartazes criados entre 1970 e 2010 por movimentos de resistência antinuclear no mundo inteiro.
A exposição Hiroshima 70 é o destaque da programação deste ano do Hiroshima Nunca Mais, conjunto de ações que acontecem anualmente pela Sapê, desde a década de 1980. O público vai poder participar do Encontro da Articulação Antinuclear Brasileira e do seminário “O programa nuclear na política energética nacional: contradições e perspectivas”.
Desde 1971, quando a usina Angra 1 começou a ser construída, os moradores de Angra convivem com a insegurança nuclear. O objetivo é também aproximar a população do debate sobre o uso de energia nuclear, levando em conta a iminente entrada em operação da usina Angra 3, prevista para 2018, e a meta do Plano Nacional de Energia, que prevê a construção de mais quatro usinas nucleares no Brasil até 2030.