A “Escultura do Rio“, instalada na Avenida Presidente Antonio Carlos, no Centro, deve ser destruída para a passagem do VLT. A coluna procurou o artista plástico e autor Waltercio Caldas para saber se, mesmo depois de vendida uma obra de arte, o artista tem voz sobre ela, independentemente da beleza do trabalho, onde fica, com quem etc.
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Por ter comprado a “Escultura do Rio”, a Prefeitura não passa a ser dona do trabalho e pode definir o que fazer com ele?
“A Prefeitura compra só o patrimônio, não o direito autoral. A obra continua sendo minha o tempo todo. É preciso haver uma discussão; se quiserem, por exemplo, utilizar num catálogo, precisa da minha permissão. Esse trabalho foi pago com dinheiro público, o nosso dinheiro.”
Haveria algum outro lugar no Rio onde a escultura pudesse ficar?
“No momento, não. Esse tipo de trabalho tem uma relação com o entorno. Foi feita pra aquele lugar, pra aquele fluxo de tráfico ali. Tem uma relação com o espaço que ela ocupa.”
O que você pretende fazer caso venha a confirmação de que vai ser mesmo destruída?
“Quero saber o que a Prefeitura vai fazer com essa questão, que solução estão imaginando, se vão mesmo demolir um patrimônio público, que tenham uma ‘atitude artística’.”