Um grupo de entidades – o Clube de Engenharia, o Ministério Público do Rio, a OAB, o Centro Celso Furtado, o CREA, o IBEP e o Sindipetro/RJ – vai lançar, nesta quarta-feira (25/02), o movimento Aliança pelo Brasil, em evento no Clube de Engenharia. A intenção é evitar mais desdobramentos da crise na Petrobras – a alegação é que o vazamento diário de informações do Petrolão está colocando não só a estatal em situação complicada, mas provocando greves e desemprego em todo o país, principalmente no Rio – o Comperj é o exemplo mais visível.
O temor é que haja a desnacionalização do setor de construção e a abertura maciça do mercado para empresas de engenharia e petrolíferas estrangeiras , já que as construtoras nacionais envolvidas no caso de corrupção na estatal não estão sendo chamadas para novos contratos. Como se sabe, as estrangeiras (Repsol, Shell, Exxon, BP e Chevron) já dominaram 90% do petróleo produzido no país, mas hoje detêm apenas 5%. Um dos objetivos é garantir o controle soberano do Brasil sobre as megajazidas de petróleo existentes no pré-sal, avaliadas atualmente em US$ 11 trilhões.
Os articuladores do Aliança pelo Brasil dizem que a defesa da Petrobras não significa deixar de lado as apurações e eventuais punições de crimes cometidos na estatal.