O início de tudo está nos nossos desejos e se pararmos para pensar, vamos lembrar que desde pequenininhos só queremos satisfazer nossos desejos. Quando éramos bebês como fazíamos? Chorávamos sempre que desejávamos alguma coisa, desde uma simples chupeta até comer ou ficar no colinho da mamãe.
O choro é a nossa "arma" desde sempre, porque faz parte da natureza da consciência física, do eu quero, aqui e agora. Acho que ninguém nunca viu ou ouviu falar de um bebê que queria alguma coisa, mas como sabia que a mãe e o pai tinham trabalhado o dia inteiro e estavam cansados, deixava para pedir no dia seguinte.
Quem não quer um bebê com essa consciência, todo mundo. Só que não existe.
Na verdade a questão é bem mais grave, porque continuamos a agir como bebês até hoje. O processo é sempre o mesmo, se queremos alguma e não conseguimos na hora ou no tempo que determinamos, "choramos", ficamos reclamando, criticando e sofrendo. Vamos pensar um pouco nesse conceito, o de que é natural sofrer para conseguir algo.
É fácil, quem vive melhor? Quem sofre enquanto não alcança o que quer, como o bebê, ou quem entende que tudo tem seu tempo próprio. Não ficamos reclamando com a macieira porque queremos a fruta no dia seguinte de plantar a semente, ficamos? Assim é a vida, gastamos energia a toa. Ficamos presos e escravos dos nossos desejos e das pessoas envolvidas com ele. Enquanto isso que tipo de informação estamos passando para as dimensões metafísicas refletirem de volta? Dor e sofrimento. Essa será a nossa realidade até pararmos de ter sentimentos ruins ou ressentimentos.
Mas nós temos o livre arbítrio, temos a capacidade de mudar nossos pensamentos e sentimentos, mudando a nossa realidade futura. Causa e Efeito. Podemos decidir lidar de forma positiva e com respeito a harmonia do universo e das pessoas a minha volta. Nós queremos entrar em contato com a nossa inteligência da alma, aquela que é capaz de nos trazer a felicidade independente do tempo que demora para eu receber a minha "chupeta". Basta respeitar o tempo das "macieiras" da vida.
Por Ary Alonso, espiritualista