Do alto dos quase 5 milhões de votos conseguidos com sua campanha vitoriosa ao Senado, o deputado Romário (PSB-RJ) tentou retomar, nessa terça-feira (07/10) a rotina em Brasília, mas, no plenário da Câmara, nem conseguiu sentar. A toda hora era assediado por parlamentares e funcionários, que queriam cumprimentá-lo.
Na segunda-feira (06/10), o senador eleito descansou no Rio, almoçando com amigos e retomando, à noite, o futebol que há muito havia interrompido com um time antigo de parceiros de pelada, num clube da Barra.
Além das causas que já vem abraçando no seu mandato – estímulo à pesquisa científica, inclusão social de pessoas com deficiência e incentivo ao esporte – Romário já decidiu que, investido de novos poderes como senador, vai reapresentar o projeto de uma CPI da CBF.
Desde 2012 o ex-jogador vem tentando concretizar a ideia, paralisada na mesa do presidente da Câmara Henrique Alves. Em novembro de 2013 o senador Mário Couto (PSDB-PA) protocolou no Senado a instalação de uma CPI também contra a CBF, que chegou a receber 33 assinaturas, mas não foi adiante porque nove senadores voltaram atrás e ficaram faltando três assinaturas para completar as 27 necessárias.
Romário não quer só apurar supostas irregularidades em contratos da CBF com patrocinadores e gastos com a organização da Copa do Mundo. O parlamentar carioca deseja que a Confederação Brasileira de Futebol torne transparente sua receita, que estaria sujeita a auditorias do Tribunal de Contas da União, e que 10% de sua arredacação seja destinada a um fundo de iniciação esportiva para crianças e adolescentes.