Heloisa Teixeira com os filhos, André, Pedro e Lula Buarque de Hollanda /Foto: Cristina Granato
O lançamento do documentário “O Nascimento de H. Teixeira”, sobre a vida de Heloísa Teixeira, antes Heloísa Buarque de Hollanda, teve uma sessão “família” no Festival do Rio, nesse sábado (05/10), no Estação Net Gávea.
Os três filhos (Lula, Pedro e André), noras, netos, amigos e agregados variados… Heloísa tem, digamos, prestígio em pé entre os mais variados perfis.
Nas redes, o perfil ainda é @helobuarque, embora na descrição afirma o Helô Teixeira – a mudança para o sobrenome de solteira, depois de, na vida inteira, usar o Buarque de Hollanda, do marido, morto há mais de duas décadas. Essa foi a inspiração da cineasta Roberta Canuto e da produtora Clélia Bessa, amiga da protagonista. De início, a inspiração do doc era o livro virtual “Marginais anos 70”, em que Heloísa reflete sobre a cultura alternativa da época, mas, ao se virem diante de uma nova mulher — muito mais interessada em falar da sua transformação do que do passado ,— mudaram a rota.
“Nasci Teixeira, me tornei Buarque. Isso é do meu marido, não é meu; vou mudar meu nome para o nome da minha mãe. Queria juntar todas as mulheres neste momento da minha vida. Eu passo a ser eu mesma”, explica Heloísa, cuja carreira é diretamente ligada aos movimentos feministas.
“Sempre pensei que tínhamos que ouvir Heloísa sobre tudo. Ela é visionária, uma parabólica, uma antena gigante que está sempre em movimento. E nunca teve esse protagonismo de ser a dona de um filme dela. Acho que ela precisava contar sua história em primeira pessoa”, diz Clélia.
E Heloísa também ganhou outro doc, “Helô”, produzido pelo filho, Lula Buarque de Hollanda, lançado em julho no Canal Brasil. “É a história dessa intelectual maravilhosa de um ponto de vista mais íntimo. Acompanhá-la é frenético, o cotidiano dela é uma usina de acontecimentos, reuniões, viagens… Ela não para”, resume Lula.