De dois em dois anos, a preocupação do biólogo Mario Moscatelli com o Rock in Rio começa muito antes dos shows. Não pelo festival em si, mas pelos moradores não humanos próximos da Cidade do Rock, na Zona Oeste, os animais e a flora.
A edição acontece entre 13 e 22 de setembro, mas a montagem começou ainda em julho para ficar tudo no controle. Só que, nesse meio tempo, Mario avisa que os funcionários da empresa (s), possivelmente terceirizada (s) pelo evento, joga todo tipo de lixo nas redondezas, principalmente material de quentinhas, copos plásticos, papeis etc. “Gostaria que os organizadores instruíssem as empresas que trabalham na montagem e desmontagem dos equipamentos para não utilizarem as margens da lagoa de Jacarepaguá como seu depósito de lixo, dos resíduos alimentares. Recebi essa informação através da nossa equipe com pessoas que transitam na região. A subprefeitura da ZO foi alertada sobre o problema. Independentemente de quem seja, visto que em 100% dos casos, quem faz nunca assume coisa alguma, é que esse tipo de situação não se repita, já bastam as toneladas de resíduos que são retiradas das margens vindas dos rios diariamente”, diz Mario.
A coluna entrou em contato com a assessoria de imprensa do RIR, que respondeu: “O Rock in Rio informa que cuida das margens da lagoa que fazem fronteira com o parque em trabalho permanente de limpeza. A região apontada está fora do perímetro usado pelo festival, atrás das Arenas, onde há circulação de terceiros. Assim que identificamos os restos de embalagens de ‘quentinhas’, mandamos fazer a limpeza. Ainda assim, mandamos isolar a área uma vez que a partir dos dias de evento serão usadas pelo festival”.