… se o Oeste não fosse tão longe, os filmes de faroeste se chamariam filmes de nearoeste?
… o elevador só faz jus ao nome quando está subindo?
… se Jesus tivesse sido enforcado, não crucificado, os cristãos teriam forquinhas penduradas no cordão, e haveria forcas nas repartições públicas, na Câmara, no Senado e no STF? E que, depois de rezar, os católicos fariam o sinal de uma corda passando em volta do pescoço?
… a natureza é mesmo sábia, tanto que fez o café ter cafeína e o leite ter lactose, não o contrário?
… a cor do salmão é salmão, a da laranja é laranja, a da abóbora é abóbora, e as frutas, quando estão verdes são… verdes?
… se quem nasce nos Estados Unidos deve ser chamado de estadunidense, quem nasce no Reino Unido deveria ser reinunidense?
… se Mem de Sá não tivesse se empenhado em expulsar os franceses do Rio de Janeiro, estaríamos fazendo piada de francês, misturando “tu” e “vous”, errando a segunda parte da Marselhesa, comendo bolinho de ratatouille (não de bacalhau) e pão português (comprado do seu Pierre, o gaulês da padaria)?
… se Estácio de Sá não tivesse completado a expulsão, o Aeroporto Tom Jobim seria Aéroport Jacques Brel, a caipirinha seria petite paysanne (champanhe, maçã, açúcar de beterraba e gelo a gosto), o glorioso Botafogo seria Mettre le Feu, a Mangueira se chamaria Première Gare de Manguier – e até teria professeur-chambre e porte-drapeau, mas não a ala das baianas, porque a Bahia seria em outro país?
… os transatlânticos não deveriam poder navegar pelo Pacífico nem haver alpinismo nos Andes ou no Himalaia?
… armário devia ser só para guardar armas e prateleira, só para prato?
… mesmo a arte das cavernas era, no seu tempo, arte contemporânea?
… a dor mais incalculável que existe é a do cálculo renal?
… a biblioteca, nos países muçulmanos, deve se chamar alcorãoteca?
… na Grécia, a expressão “Isso, pra mim, é grego” não deve fazer muito sentido?
… a esterilidade não é hereditária?
… é impossível cutucar curitibano com vara curta, porque pra isso seria preciso certa proximidade?
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