Foto: Henrique Freire/Agência Brasil
Com a ameaça de falência da Supervia nas próximas semanas, o Governo do Estado criou um plano emergencial para assumir a gestão dos trens e tentar evitar um colapso no sistema ferroviário. A companhia pede na Justiça o pagamento de R$ 1,2 bilhão referente a um reequilíbrio financeiro do contrato e avisou que só tem dinheiro em caixa para operar por, no máximo, mais 60 dias, mas a Secretaria de Transportes respondeu que não pretende fazer novo aporte de recursos na empresa.
Na mesma resposta à Justiça, o Governo apresentou como será o plano emergencial caso tenha que assumir o sistema, com a empresa pública Central à frente da operação, e disse ainda que precisará de 180 dias para elaborar uma licitação que permita a transferência da concessão para uma nova empresa.
Com o temor de que o sistema ferroviário, já tão criticado pela população, piore ainda mais nesse período, o juiz Victor Agustin Jaccoud deu uma decisão na última semana nomeando observadores especializados (“watchdogs”) para examinarem com mais detalhes a situação financeira da Supervia, a fim de embasar sua decisão. Os resultados da auditoria serão revelados durante uma audiência agendada para o dia 27 de junho.