Sobre a cena constrangedora (quem nunca?) vivida pelo vereador Cesar Maia nessa quarta (05/06), ao aparecer sentado no vaso sanitário, numa sessão on-line, conduzida pelo também vereador Pablo Mello, que, de um dia pro outro, por ser o principal coadjuvante na história, ficou famoso, virar assunto nacional: fez lembrar a época da pandemia, quando situações similares aconteciam toda semana. “A tecnologia não pensa — cabe a cada um discriminar o que é certo ou errado, para não agir de forma cruel ou como máquinas de triturar pessoas.”, diz o psicanalista Arnaldo Chuster.
Cagadas imperdoáveis e desumanas a gente vê todo dia na classe política; não é a mais humana de todas que deveria constranger ninguém, desprevenido, flagrado pela inexperiência com a tecnologia, em momento de privacidade, depois de um mal-estar repentino. O que resta a Cesar Maia fazer? Piada, claro, e ignorar o tribunal invisível da Internet.
Maia, pai de Rodrigo Maia (ex-presidente da Câmara) e de Daniela Maia (secretária Municipal de Turismo), é carioca e tem um longo currículo: foi líder estudantil, preso político, exilado, secretário de Fazenda no governo Brizola, deputado federal constituinte, prefeito do Rio por três mandatos e, agora, vereador, no terceiro mandato. Foi também padrinho político de Eduardo Paes, que fez uma postagem nesta quinta (06/06): “O lixo e a inconsequência de alguns personagens nas redes sociais não fazem nem cosquinhas no grande legado que o Cesar Maia tem nesta cidade e no país! Meu respeito e admiração, sempre!”
Carlo Caiado, presidente da Câmara, também defendeu o colega: “Ele é um dos vereadores mais produtivos da Câmara, um grande defensor do servidor público e caxias com seus compromissos. Nosso regimento permite que ele participe das sessões de forma remota. Sempre com a câmera ligada, é pontual nas sessões e atento a todas as discussões. Cesar Maia merece respeito!”.
Foto: Cesar Maia na Câmara