Foi nesse fim de semana a abertura da individual “Pele: os manuscritos do Mar Morto na gênese da linguagem visual do artista plástico Walter Goldfarb, comemorando 30 anos de carreira, em sete salas em 410 metros quadrados de área expositiva do Palácio dos Correios de Niterói, prédio tombado como patrimônio histórico. São 90 trabalhos, sendo a maioria de três séries criadas entre 1994 e 1998, pinturas em escala monumental, desenhos, aquarelas, esculturas e pergaminhos do acervo do Instituto Walter Goldfarb, em construção na Glória.
“As obras apresentadas abordam a convivência e os pontos de contato entre as três religiões monoteístas abraâmicas: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, através das sagradas escrituras do Velho e do Novo Testamento, bem como da história dos povos árabes”, diz ele.
A mostra vai ter um catálogo com organização e apresentação da filha caçula do artista, Lia Mizrahi-Goldfarb, mestre em Filosofia pela Universidade Livre de Berlim, com sua análise crítica e percepções sobre o exercício de ateliê do pai. “Com 60 anos, meu pai relembra suas origens artísticas e deixa nítida a estrutura contínua de sua obra: a lona crua, o carvão e as grandes escalas”, diz Lia. A mostra permanece até 20 de julho.