No Rio, ora a vida pode ser arriscada, ora surpreendente. O super-herói ficou capenga: é o Homem-Aranha que vende balas em vários pontos da Zona Sul. Todo estropiado, de perna quebrada, ele dorme e deixa a realidade pra trás, usando a mochila como travesseiro. Nas inscrições do gesso, “gratidão” e “eu sou o Deus da FÉ”.
É até comum ver vendedores informais usando trajes de super-heróis em praias e ruas cariocas, querendo uma maior atenção de um público que é difícil negar algo: a criançada.
Existem até profissionais, como o “Homem-Aranha do Trem RJ”, Eduardo Peter (que surrupiou o Peter de Park, nas histórias da Marvel), humorista e animador de eventos, que circula pelos vagões da SuperVia, fazendo acrobacias e divulgando seu trabalho.
Segundo pesquisa da agência de SEO Hedgehog Digital, o “Homem-Aranha” é o super-herói mais amado do Brasil, mesmo porque, talvez, ele seja o mais brasileiro dos mascarados, e as dificuldades financeiras são quase uma marca registrada de Peter (alterego do herói). Outra personalidade é que o cara sempre está apaixonado e é feito de bobo. Como não se identificar?