Lígia Teixeira mostrou mulheres solitárias na individual “Confinadas”, nessa quarta (08/05), no Centro Cultural dos Correios. A série foi criada durante o isolamento da covid, inspirada em imagens de mulheres enclausuradas que ela viu na internet.
A curadoria é de Osvaldo Carvalho e a mostra com 32 pinturas foi um dos três selecionados – entre 300 inscritos -, no 6º Programa de Seleção da Piccola Galleria, que ela apresentou em Belo Horizonte, ano passado. Para a mostra no CCC, ela criou mais algumas,com novos temas como o envelhecimento, questões de raça e gênero ilustradas por noivas negras e trans, entre outras, formando 50 pinturas.
“A exposição é uma viagem introspectiva que revela personagens em suas casas e que servem como metáfora para se discutir o silenciamento e o apagamento das mulheres ao longo dos séculos. Estão em cenas inusitadas, como em um banho na pia da cozinha, observando uma panela em chamas ou simplesmente de costas, olhando uma parede atrás do sofá. A atmosfera minimalista é proposital”, diz Lígia
Os quadros em pequeno formato aconteceram muito pelos recursos que tinha disponíveis: “Não havia nenhuma perspectiva para além das janelas. Vivíamos em um mundo reduzido”, diz ela, que tem formação em Arquitetura e em diversos cursos de arte.