Frances Reynolds, argentino-carioca das mais atuantes nas artes plásticas do país, deu um jantar em sua casa, no Jardim Botânico, nessa terça (07/05), para Burkhard e Rüdiger Pohl – pai e filho, que fizeram a doação de mais de mil fósseis ao acervo do Museu Nacional. Frances, do Instituto Inclusartiz, é parceira, junto com outras organizações públicas e privadas, na reconstrução do acervo do museu, que pegou fogo em 2018.
Desde 2022, quando assinou um acordo de colaboração técnica entre o Inclusartiz e a Associação Amigos do Museu Nacional (SAMN), Frances, também patrona de instituições, como MoMA, Masp, Tate Modern e Royal Academy of Arts, já fez inúmeras viagens e reuniões, sempre com resultados significativos, como essa última doação do colecionador de origem suíço-alemã, neto de Karl Stroeher (1890-1977), cuja coleção de arte formou a base do Museu de Arte Moderna de Frankfurt, e filho de Erika Pohl-Stroeher, que reuniu a maior e mais refinada coleção de minerais e gemas da Europa.
“Através das ações de Frances, essa parceria tem possibilitado à direção do museu realizar contatos internacionais para atuar na parte mais sensível da reconstrução, que é o acervo. Pohl doou tartarugas, crocodilomorfos, plantas, insetos, pterossauros e até dinossauros, que vão enriquecer não apenas as novas exposições, mas também se tornar objetos de pesquisa para novos e futuros pesquisadores!”, disse Alexander Kellner, diretor do MN.
Longe de ser uma especialista em História Natural, Frances tem descoberto um novo mundo. “Amo o Brasil. Sou carioca por paixão, tenho dois filhos brasileiros. Nosso desejo é contagiar todos com a mesma paixão que nos move. Somos mais do que atores isolados: somos agentes multiplicadores de cuidado cultural”, explica ela.
Para concretizar a doação, Frances fez mais de 10 visitas a Pohl, algumas delas acompanhada por Kellner e outros paleontólogos brasileiros. “Contei a história do museu, expliquei sua importância para o Brasil e o convenci”, resume ela.