A Academia Brasileira de Letras (ABL) e a Associaçom Galega da Língua (AGAL) fazem uma homenagem à escritora Nélida Piñon, nesta sexta e sábado (03 e 04/05), com a leitura de “A República dos Sonhos”, um romance com vínculo entre a Galiza (Espanha, onde ela nasceu) e o Brasil através da emigração.
Mais ou menos 300 pessoas vão ler trechos do romance, começando na sede da academia, na sexta e, no mesmo dia, continuando em Santiago de Compostela, a partir das 16h30 local (11h30 no Rio), com o galego Lino Piñon, primo da escritora, continuando de onde Domício Proença Filho parou.
No dia seguinte, Merval Pereira (presidente da ABL) inicia, seguido por Antônio Torres, Heloísa Teixeira (sucessora de Nélida na 30ª cadeira), Ricardo Cavalieri, Godofredo de Oliveira Neto, Joaquim Falcão, Arnaldo Niskier, Arno Wehling e Domício Proença Filho, além do advogado Roberto Halbouti, da atriz Beth Goulart, da professora Thayane Gaspar (do programa de Estudos Galegos da UERJ) e do escritor Gabriel Chalita, entre dezenas de nomes relacionados com a cultura.
A homenagem começará no aniversário de Piñon e terminará às vésperas do Dia da Língua Portuguesa, com organização da ABL junto a Eduardo Maragoto, presidente da Associação Galega da Língua (AGAL). “De alguma forma, Nélida nos faz participar da construção da História do Brasil, e isso é muito importante para um povo que tem a sua própria história abafada pelas ‘lendas’ doutro, como diria a própria Nélida. Para nós, o galego faz parte do universo da língua portuguesa. Há uma continuidade que faz com que possamos considerá-la uma autora brasileira inteiramente nossa, galega, também”, diz Eduardo.