Há dois anos, o Monumento Natural das Ilhas Cagarras e as águas ao redor entraram para a lista de “Hope Spots” (“Pontos de Esperança”) da Aliança Internacional Mission Blue, liderada pela oceanógrafa Sylvia Earle, como publicamos aqui. Agora, mais uma vez, com a ajuda do Projeto Ilhas do Rio, grande parte do litoral da Zona Oeste carioca, indo da Barra da Tijuca até a Barra de Guaratiba, também passa a fazer parte dos “Pontos de Esperança” ao lado de mais ou menos 160 locais em todo o mundo. No Brasil, apenas Abrolhos, na Bahia, está na lista.
Até então, a área delimitada como Hope Spot ia desde a entrada da Baía de Guanabara até a praia do Leblon, passando por Copacabana e Ipanema. Com a expansão, a área cresce de 17 mil para 57 mil hectares, incluindo as Ilhas Tijucas e as ilhas de Peça e Palmas, dentro dos Parques Naturais Municipais da Prainha e de Grumari. Os locais são chamados “Pontos de Esperança” por serem ambientes reconhecidos por sua diversidade, potencial para reverter danos de impactos humanos negativos, presença de processos naturais, como grandes corredores de migração ou áreas de desova. Nesse sentido, são lugares que merecem atenção do poder público e da sociedade para que se mantenham conservados.
“A expansão do Hope Spot ajuda a chamar atenção da sociedade e do poder público local, tanto para a biodiversidade e beleza desses ecossistemas insulares, quanto para os perigos e impactos presentes nessas áreas. Somente com conhecimento e informação é possível proteger”, diz Aline Aguiar, coordenadora científica do Projeto Ilhas do Rio.
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