A 60ª edição da Bienal de Veneza vai ficar no coração não só dos italianos anfitriões como também dos convidados e artistas do mundo inteiro e dos brasileiros, assim como de qualquer um que ame arte (inclusive a indígena), por exemplo, o curador brasileiro Adriano Pedrosa, diretor do Museu de Arte de São Paulo. A obra mais monumental está na fachada do Pavilhão Central, o mais importante do evento — o coletivo Mahku, da aldeia Huni Kuin, do Acre, que passou dois meses em Veneza, pintando uma imensa parede com todos os símbolos da sua terra e da sua cultura, um trabalho que extasiou o público e a crítica na Bienal.
Uma das celebrações com muitos brasileiros e cariocas foi organizada pela Fundação Bienal de São Paulo, em coquetel no The St. Regis Venice, com artistas cujos trabalhos foram mostrados no Pavilhão do Brasil, como Glicéria Tupinambá, Olinda Tupinambá e Ziel Karapotó, homenageando também a artista ítalo-brasileira Anna Maria Maiolino, que ganhou o Leão de Ouro na Bienal de Arte de Veneza em 2024. A abertura oficial foi na sexta (19/04); o evento vai até 24 de novembro.
O Pavilhão do Brasil, o “Hãhãwpuá”, está com a exposição “Ka’a Pûera: nós somos pássaros que andam”, sob curadoria de Arissana Pataxó, Denilson Baniwa e Gustavo Caboco Wapichana.