A foto do dia é uma homenagem ao meu, ao seu, ao nosso Rio e seus 459 anos, comemorados nesta sexta (01/03). Representa apenas um pedacinho das maravilhas naturais, talvez as mais fotografadas e visitadas, com a Lagoa em formato de coração – é a primeira coisa que os apaixonados pela cidade veem na imagem de @ayrton360.
Na pequena amostra, vemos o bairro do Leblon, o Jardim de Alah (que brevemente vai mudar o visual), Ipanema, Arpoador, Copacabana, o Pão de Açúcar, a Praia Vermelha (na Urca); Botafogo, Humaitá, o Jockey (Gávea), Pavão, Pavãozinho, Mirante Dona Marta.
Aqui, um texto antigo da designer Renata Maneschy, sobre ser carioca, a maior prova de que estado de espírito não muda:
“É duro admitir, mas ser carioca é falar sem medir consequências. É dizer “vem” e se assustar com o tocar da campainha. Ser carioca é não ter hora de ir pra praia nem ter hora pra sair de lá. É de repente nem aparecer. É a cultura da espontaneidade, que só quem é sabe. Só quem mora no Rio, entende. É mudar de opinião, mudar de atitude ao sentir vontade. Desejo, logo faço. Não quero, tudo bem.
É ser sincera ao falar e verdadeiro ao omitir. É viver sem obrigações. Ser responsável com o seu querer.
Me desculpem os paulistas, mas ser carioca é ser natural. É confiar nos próprios instintos.
É encontrar celebridades na rua e virar o rosto para olhar o pôr do sol. É ser blasé com a própria rotina. É sorrir para o surreal.
É sair para a noitada de havaianas e cabelo molhado. Ir para o shopping como quem muda de cômodo. É fazer de tudo uma ida à esquina. É ver o inédito como óbvio. É dizer sim sem balançar a cabeça e depois virar pro lado e dizer: ‘Ahn?’
Ser carioca é voltar pra casa depois de trabalhar e olhar a paisagem verde. É dormir até tarde, sem pressa de viver. Porque a vida está lá fora. A natureza é aqui. Sem pressa, sem compromisso. É apenas sentir.
É gostar de roda de samba na esquina. Sem clube nem turma. É ser amigo do estranho. É ver corpos bonitos passarem e poder contemplar a beleza de ser e de estar.
É viver na Cidade Maravilhosa e não se orgulhar de monumentos. É sorrir para qualquer mendigo na rua. É conhecer barulho de fuzil, ter medo, mas não se afligir.
Ser carioca é se permitir.”