“O Baile do Copa deu uma ‘paulistanizada'”, dizia um carioca ao amigo, que vinha de…. São Paulo, claro. A tradicional festa, sempre no sábado de carnaval, manteve todos os códigos dos antigos bailes, com os convidados de “cadeira cativa” porque Baile do Copa sem Luiza Brunet ou Narcisa Tamborindeguy é como Natal sem Papai Noel — rsrsrsrsrrs. De novo, as influenciadoras e seus celulares com leds acesos o tempo inteiro — se não for pra postar, pra que sair?
Até a rainha do baile foi diferente e, em vez da lista das anteriores, todas modelos ou atrizes (Luiza Brunet, Sabrina Sato, Grazi Massafera e Marina Ruy Barbosa) foi escolhida uma influenciadora que mora em SP, Silvia Braz, 43 (ela é fluminense, nascida em Campos dos Goytacazes). Silvia usou duas fantasias, na segunda, homenageou a socialite Carmem Mayrink Veiga (1927-2017), reeditando um vestido do estilista Guilherme Guimarães (1940-2016), grande nome da moda brasileira por décadas.
Outra paulistana, que leva o carnaval muito a sério: Adriane Galisteu, corpinho pintado (de tinta mesmo) dos pés à cabeça com a expressão “be love” (“seja amor”). Assim como um Milton Cunha, mal comparando, a apresentadora é onipresente na folia carioca — chegou há uma semana, é presença certa na quadra da Portela, escola da qual é musa, além do mesmo título no camarote Allegria.
A edição “Extravangarde” foi inspirada nos principais movimentos artísticos vanguardistas, como o Dadaísmo, o Surrealismo, o Expressionismo e o Cubismo, com cenário de Daniel Cruz incrível, pela maioria das opiniões, e os convidados seguiram a inspiração fazendo releituras de obras dos pintores da época, como Salvador Dalí.
E, claro, aquela fantasia que a pessoa passa a noite se arrastando, aquela que todos pisam na cauda ou aquela que incomoda, com pedraria até na lingerie? Mas muitas delas com os girassóis de Van Gogh. Oh, Deus, é bem difícil a vida dos foliões. Não foi — como dizer? —, como em algumas outras edições, centenas de pessoas se espremendo na pista. Não! No Copa acontecem cenas que só mesmo no Copa. E não estamos falando dos estrangeiros ou dos travestis, muito mais divertidos do que aquelas que sambam levantando apenas um dedinho.