Maria Augusta, Haroldo Costa e Vilma Nascimento são exemplos de vigor e resistência no carnaval — não sabem o que é desgaste energético, como muitos de 30. São considerados fenômenos da natureza por pesquisadores: frequentam ensaios, desfilam, viram noites e seguem uma rotina de alegria no carnaval.
Maria Augusta, 84 anos, carnavalesca que deixou sua marca nas escolas de samba, frequenta todos os ensaios, feijoadas, concursos, desfiles. É onipresente quando se trata de carnaval. Acompanha baterias caminhando por toda passarela do samba em ensaios técnicos. Registra tudo em seu celular, recebe e manda mensagens e apura tudo o que acontece…
Haroldo Costa é considerado um símbolo. Acompanha os desfiles há décadas: uma enciclopédia viva do samba. Com 93 anos, vira noites e participa de forma atuante no júri do Estandarte de Ouro, dando opinião sobre a evolução das escolas.
Vilma Nascimento, a eterna porta-bandeira, é outro exemplo. Com 86 anos, desfilou debaixo de chuva no último ensaio técnico e veio relembrando suas performances como porta-bandeira por toda a passarela. Ao final, toda molhada, brincou: “Eu quero é me divertir e sambar com a minha Portela.”